Em todo o universo e em cada ser deste universo existe um certo equilíbrio entre caos (desordem) e cosmos (ordem), estas pinturas refletem isso, os traços e as manchas aleatórias – caos, os números e as figuras geométricas – ordem.
Caos e cosmos misturam-se e diferenciam-se, como mostram as diversas cores (cada uma com a sua frequência e amplitude) que ora sobressaem ora se mesclam…
Como a ordem cósmica reorganiza o caos através da geometria, do número e da vibração harmoniosa… as imagens deste tema “caos-cosmos” podem exercer uma influência benéfica sobre quem as observa, pois estimulam vários componentes do ser a reorganizarem-se segundo uma ordem superior.
Estas imagens podem ser consideradas mandalas.
Desde tempos imemoriais que, em várias culturas espalhadas pelo planeta, os diversos tipos de arte exteriorizaram algo a que podemos chamar mandalas, formas com base geométrica, em que se distingue, mais ou menos claramente, um centro, um meio e uma periferia, formando um conjunto organizado e coeso.
Uma mandala é, portanto, uma representação simbólica do ser, de qualquer ser, representa o seu arquétipo fundamental: centro-meio-periferia, espírito-alma-corpo. Pode ser observada nos cristais de água, na maioria das flores, nas estrelas do mar, …
A mandala é o reflexo do cosmo organizando o caos, por isso as achamos belas, por isso nos atraem.
A mandala é um reorganizador do espaço que emite influências reestruturadoras sobre todos os seres que se encontram no seu ambiente.
Assim, ao contemplarmos uma mandala, abrindo-nos ao seu encanto, permitindo que a sua geometria viva nos penetre (nomeadamente através dos olhos), recebemos informação estruturada que nos ajuda a reorganizar os veículos físico, emocional e mental e a aceder ao intuitivo. Além disso, mostra, à consciência periférica, os caminhos para o centro e, à consciência central, a riqueza da periferia e a importância do meio.
A mandala é um reintegrador do ser total, uno e diverso.
Os quadros originais estão impregnados dessa intenção e os seus nomes estão baseados no conhecimento numerológico.
…todas as formas, mesmo as aparentemente amorfas, são estruturadas com base na matemática e na geometria…
…as leis do movimento organizam e estruturam o movimento-espaço-tempo gerando energias e formas…
…a forma é simplesmente a aparência, que aparece, à perceção da consciência, a forma é, na verdade, movimento estruturado e ritmado…
…a aparência é a concretização do abstrato arquétipo…
…o arquétipo contém em si todo o processo de desenvolvimento no movimento-espaço-tempo e as funções a serem vividas e desenvolvidas…
…o arquétipo traz ordem à manifestação concreta…
…mas os seres na manifestação concreta possuem livre-arbítrio e a ‘desobediência’ ao propósito original é relativamente possível, gerando desordem, gerando caos…
…caos e cosmos…
…caos (desordem) e cosmos (ordem) sempre coexistiram e certamente vão continuar a coexistir… devido à interação entre os sistemas (seres vivos e conscientes), e como existem sistemas dentro de sistemas relativamente organizados segundo determinadas hierarquias, e como em algumas hierarquias os líderes são seres semelhantes àqueles que lideram, com as correspondentes qualidades e defeitos, a organização resultante é deficiente e, muitas vezes, corrupta.
A humanidade deste planeta insere-se nesta situação…
Todos os seres (sistemas) neste universo estão em desenvolvimento, esse desenvolvimento é gradual, mas ciclicamente acontecem “saltos qualitativos”, com ou sem crises… provocadas interna ou/e externamente…
Provavelmente estamos, humanidade, a passar por uma dessas crises, interna e externamente, pois necessitamos de consciencializar que somos um sistema (ser) dentro doutro sistema (humanidade, planeta, galáxia, …) e que também contemos em nós outros sistemas (órgãos, células, bactérias, vírus, micro-organismos, …) e que todos os sistemas necessitam de viver em maior harmonia…
…provavelmente a doença tem origem nalguma desarmonia…
…e há karmas (consequências) dentro de karmas, dentro de karmas…
…dentro de darmas (propósitos cósmicos)…